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sexta-feira, 7 de julho de 2017

O INIMIGO DE MEU INIMIGO É MEU AMIGO

O inimigo de meu inimigo é meu amigo. Esta frase explica exatamente o momento político conturbado que vivemos, uma vez que algumas alianças políticas provisoriamente formadas após o impeachment de Dilma Rousseff realmente destoam de todos os movimentos políticos que tínhamos até então.  

Muito embora estas alianças partidárias estejam hoje estremecidas, para o bem do país estas alianças precisam permanecer até as próximas eleições presidenciais, considerando que a estabilidade política é um dos principais motores para a fluidez da economia e consequente criação de vagas de emprego.

Ademais, para aqueles que não suportam a ideia da possibilidade de retorno do governo petista, estes devem sempre se lembrar da frase da qual iniciei este texto - "O inimigo de meu inimigo é meu amigo", pelo que, enquanto ainda houver remota chance do PT voltar ao poder, as alianças com aqueles que estão confrontando o inimigo comum devem permanecer. 

Lembro ainda aos muitos que gritam o discurso ético-moral de fora todos os corruptos, o que é muito correto ao meu ver, que elas devem entender que tudo deve ser feito no seu devido tempo, não adiantando nada retirar o presidente atual e colocar um terceiro presidente no poder, pois isso quebraria de vez a economia e dos poucos que ainda possuem emprego talvez passem a não ter mais.

Assim como não é bom para um time de futebol ter vários técnicos numa única temporada, também não é bom que um país tenha vários presidentes durante um único período legislativo. Basta pensarmos no exemplo do avião que tem piloto e copiloto no comando da aeronave e todos os 200 milhões de brasileiros como passageiros. A Dilma era a piloto e foi deposta por ingerência na gestão sobrando agora apenas o copiloto (Temer) para pousar o avião só que ele também está sendo acusado. Pergunta-se, será que vale a pena tirar o copiloto imediatamente com o avião no ar, sem mais ninguém para pousar o avião em segurança, ou será que é melhor esperar o avião pousar (terminar o mandato) para apurar e punir o copiloto pelos eventuais crimes praticados? 

por Pierre Lourenço. Advogado.


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