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sábado, 26 de agosto de 2017

O PODER DE UM PROFESSOR SOBRE O ALUNO.

Um dos fundamentos que inspiram a criação de um projeto de lei, de caráter apenas informativo, já que não prevê punição, para informar aos alunos e professores de que não se deve instigar menores de idade, dentro da escola, a adotarem determinada postura política, sexual e religiosa, é a de que estes temas são de cunho pessoal que deve ser discutido e desenvolvido dentro do seio familiar.

Ademais, tais temas não fazem parte de nenhum programa escolar e até por esta razão não deveriam ser tratado nas escolas.

Registra-se que não se deve misturar a função de educar com a de ensinar. A questão religiosa, sexual e política está inserida no contexto da educação que está fora da esfera do domínio público (professor) e faz parte do poder familiar (pai, mãe ou qualquer outra pessoa que exerça esta função).

Essa precaução se dá em razão do fato de os jovens em idade escolar ainda não possuírem maturidade para saberem qual a melhor posição devem tomar sobre estes temas, estando este argumento de acordo com a lei penal que garante a inimputabilidade para os menores de 18 anos, mesmo que cometam crimes graves, ante a sua imaturidade psicológica.

Um aluno menor de idade tem o professor como referência e as vezes como opressor, pelo que na maioria das vezes aceita a verdade do professor como absoluta, e alguns professores estão se valendo disso para instigarem ou doutrinarem os alunos a terem determinado comportamento político, sexual e religioso.

Os adultos tem experiência de vida, tem como se defender e possivelmente deve ter algum posicionamento político, religioso e sexual. Já os alunos das escolas não tem experiência de vida e a maioria não sabe se defender ou argumentar contra um professor.

A lei visa proteger esses alunos, menores de idade, a fim de evitar que ocorra novos casos como o de Manaus que um professor doutrinou toda uma escola em favor do Bolsonaro e no caso do Rio de Janeiro em que os professores doutrinaram todos os alunos para o Psol chegando até a montar setor do partido dentro do colégio Dom Pedro II.

Vale mencionar que esses professores que estão se valendo de seu poder hierárquico, deixando de dar o conteúdo programático da escola, para tratar desses três assuntos sensíveis de cunho familiar, esses professores estão fazendo ato semelhante a que Hitler idealizou que, na sede de tentar se perpetuar no poder na antiga Alemanha comunista/nazista, criou um sistema de ensino igual a que alguns professores estão fazendo, de forma que denigrem opositores e doutrinam os alunos a idolatrarem um determinado partido ou candidato.

Imaginemos se em todas as escolas do país houvesse um professor que, ao invés de dar aula, perdesse meia hora da aula tecendo mil elogios ao Bolsonaro e criticasse todos os demais candidatos; que esses professores fizessem essa apologia por anos a fio, desde o ensino fundamental até o ensino médio, formando uma grande militância política para as eleições daqui a 15 anos de forma que garantisse a vitória de Bolsonaro no primeiro turno das eleições presidenciais. Será que isso seria correto ou o resultado foi influenciado por uma doutrinação ocorrida na juventude dos eleitores?

Quem não quer que seus filhos sejam influenciados apoie o projeto escola sem partido.

por Pierre Lourenço. Advogado.

https://www.programaescolasempartido.org/


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