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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

CONTRADIÇÕES DO PSOL.

Hoje tivemos duas notícias dignas de nota neste blog a respeito da atuação do Psol no parlamento federal e na Assembléia do estado do Rio de Janeiro que desmascaram as contradições dos discursos sustentados por este partido.  

Na Câmara dos Deputados, a bancada do Psol liderada pelo Deputado Federal Ivan Valente votou hoje contra o Projeto de Lei (PL) 6.568/2016 que trata da repatriação de dinheiro enviado para o exterior sem o pagamento de impostos. O referido PL permitiria o retorno dos valores com o pagamento dos impostos devidos com a contrapartida de isentar que o titular respondesse pelos crimes correspondentes (evasão de divisas e sonegação fiscal, por exemplo). Neste ultimo ponto é que se vem o questionamento.

Como todos sabem, o Psol tem como um dos pontos fortes uma política de descriminalização (deixar de ser crime fato que hoje é crime) e como segundo ponto de forte atuação na defesa dos direitos humanos de criminosos, inclusive de criminosos que cometeram estupros e assassinatos. Contudo, estranhamente agora o Psol, em total contradição a sua filosofia política quer aplicar uma punição contra quem praticou apenas crimes de ordem financeira (sonegação fiscal).

POR QUE PARA OS BANDIDOS DE CRIMES GRAVES O PSOL QUER PASSAR A MÃO NA CABEÇA DOS CRIMINOSOS, NO ENTANTO, PARA PESSOAS QUE APENAS SONEGARAM IMPOSTOS O PSOL QUER A CABEÇA DELES? 

SERÁ QUE PARA O PSOL O DINHEIRO VALE MAIS QUE A VIDA?

A segunda notícia de nota se deu no Rio de Janeiro, onde a bancada do Psol liderada desta vez pelo Deputado Estadual Marcelo Freixo distribuiu processo de impeachment contra o Pezão argumentando o seguinte: 1) Não repassar os recursos mínimos à Saúde exigidos pela Constituição; 2) O rombo do estado na Previdência; 3) Isenções fiscais dadas a empresas próximas ao governo; 4) Endividamento do Estado do Rio. O questionamento contra o Psol surge especificamente com relação a estes três últimos argumentos.

Não que eu esteja defendendo o Pezão, longe disso, mas vamos comparar os impeachments: Durante o governo Dilma teve grande rombo na previdência; Durante o governo Dilma foram dadas centenas de isenções fiscais; Durante o governo Dilma o Brasil quebrou e gerou 11 milhões e 400 mil desempregados.

MESMO COM ISSO TUDO O PSOL DEFENDE A DILMA E AFIRMA  QUE O IMPEACHMENT FOI RUIM PARA A NAÇÃO. 

ENTÃO POR QUAL RAZÃO AGORA O PSOL QUER MOVER ESTA AÇÃO CONTRA O GOVERNADOR DO RIO SE OS MOTIVOS SÃO QUASE IDÊNTICOS ?  DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS ? PARA OS ALIADOS POLÍTICOS NÃO PODE TER IMPEACHMENT E CONTRA OS INIMIGOS PODE ?

Só não tenho a informação quanto ao item 01 a respeito da saúde, no entanto, os três últimos itens são gravíssimos para justificar a deposição do cargo de chefe do executivo. Por fim, não podemos esquecer que o Psol ao se calar no segundo turno das eleições para o governo do Rio apoiou implicitamente o desgoverno do Pezão, mesmo sabendo que ele era "filhote de Cabral", e, por todos esses motivos, ninguém pode confiar no Psol.


Pierre Lourenço. Advogado.


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