Hoje
tivemos duas notícias dignas de nota neste blog a respeito da atuação do Psol
no parlamento federal e na Assembléia do estado do Rio de Janeiro que
desmascaram as contradições dos discursos sustentados por este partido.
Na
Câmara dos Deputados, a bancada do Psol liderada pelo Deputado Federal Ivan
Valente votou hoje contra o Projeto de Lei (PL) 6.568/2016 que trata da
repatriação de dinheiro enviado para o exterior sem o pagamento de impostos. O
referido PL permitiria o retorno dos valores com o pagamento dos impostos
devidos com a contrapartida de isentar que o titular respondesse pelos crimes
correspondentes (evasão de divisas e sonegação fiscal, por exemplo). Neste ultimo
ponto é que se vem o questionamento.
Como
todos sabem, o Psol tem como um dos pontos fortes uma política de
descriminalização (deixar de ser crime fato que hoje é crime) e como segundo
ponto de forte atuação na defesa dos direitos humanos de criminosos, inclusive
de criminosos que cometeram estupros e assassinatos. Contudo, estranhamente
agora o Psol, em total contradição a sua filosofia política quer aplicar uma
punição contra quem praticou apenas crimes de ordem financeira (sonegação
fiscal).
POR QUE PARA
OS BANDIDOS DE CRIMES GRAVES O PSOL QUER PASSAR A MÃO NA CABEÇA DOS CRIMINOSOS,
NO ENTANTO, PARA PESSOAS QUE APENAS SONEGARAM IMPOSTOS O PSOL QUER A CABEÇA
DELES?
SERÁ QUE PARA O PSOL O DINHEIRO VALE MAIS QUE A VIDA?
A segunda
notícia de nota se deu no Rio de Janeiro, onde a bancada do Psol liderada desta
vez pelo Deputado Estadual Marcelo Freixo distribuiu processo de impeachment
contra o Pezão argumentando o seguinte: 1) Não repassar os recursos mínimos à
Saúde exigidos pela Constituição; 2) O rombo do estado na Previdência; 3)
Isenções fiscais dadas a empresas próximas ao governo; 4) Endividamento do
Estado do Rio. O questionamento contra o Psol surge especificamente com relação
a estes três últimos argumentos.
Não que eu esteja
defendendo o Pezão, longe disso, mas vamos comparar os impeachments: Durante o
governo Dilma teve grande rombo na previdência; Durante o governo Dilma foram
dadas centenas de isenções fiscais; Durante o governo Dilma o Brasil quebrou e
gerou 11 milhões e 400 mil desempregados.
MESMO COM
ISSO TUDO O PSOL DEFENDE A DILMA E AFIRMA QUE O IMPEACHMENT FOI RUIM PARA A NAÇÃO.
ENTÃO POR QUAL RAZÃO AGORA O PSOL QUER MOVER ESTA AÇÃO CONTRA O GOVERNADOR DO RIO SE OS MOTIVOS SÃO QUASE IDÊNTICOS ? DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS ? PARA OS ALIADOS POLÍTICOS NÃO PODE TER IMPEACHMENT E CONTRA OS INIMIGOS PODE ?
Só não tenho
a informação quanto ao item 01 a respeito da saúde, no entanto, os três últimos
itens são gravíssimos para justificar a deposição do cargo de chefe do
executivo. Por fim, não podemos esquecer que o Psol ao se calar no segundo
turno das eleições para o governo do Rio apoiou implicitamente o desgoverno do Pezão, mesmo sabendo que ele era
"filhote de Cabral", e, por todos esses motivos, ninguém pode confiar no Psol.
Pierre
Lourenço. Advogado.
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