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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O BRASIL DEVE TEMER DONALD TRUMP OU DEVE TER A PARCERIA "TEMER-TRUMP" ?

Após o resultado das eleições americanas muitos se mostraram surpresos com o resultado, mas principalmente assustados com a eleição do magnata republicano. Uns alegaram que é um retrocesso aos direitos sociais a eleição de Trump, enquanto outros afirmaram que ele seria um homofóbico, machista, dentre vários outros adjetivos que supostamente o desqualificariam para a missão presidencial. Chegaram até a dizer que o EUA, por ser um exemplo de democracia, não deveria ter Trump como presidente. Esta ultima frase me chamou bastante atenção, uma vez que se mostra contraditório afirmar que os EUA por ser a maior democracia do mundo deveria rejeitar um candidato aos cargos políticos. Pelo contrário, a eleição de Trump fortalece ainda mais o sistema democrático e deve ser respeitada a vontade dos eleitores que o elegeram, tanto a ele como ao seu vice-presidente.

Contudo, em que isso afeta ao Brasil? Creio eu, num primeiro momento, que não afeta em nada. Em 2014 a balança comercial entre o Brasil e EUA movimentou cerca de $ 62 bilhões de dólares, com déficit de aproximadamente $ 8 bilhões para o Brasil, sendo o Brasil um dos principais parceiros comerciais dos EUA. Muito embora o presidente eleito tenha um discurso protecionista, qualquer modificação neste cenário comercial poderia prejudicar seu projeto econômico de criação de empregos para os americanos, pelo que nada deve ser alterado de modo significativo nesta área. 

Com relação as alegações de supressão de direitos sociais, isto não afeta em nada o Brasil, sendo certo que não ouvi nenhuma proposta a respeito disso parecendo se tratar de meras falácias lançadas nos meios de comunicação. Ademais, se Trump criar a metade dos empregos que prometeu na campanha, ninguém precisará de programas sociais nos EUA. Quanto as políticas de fronteira e extradição dos ilegais, vejo isso como um método de proteção da soberania do estado e da nação que a sustenta, não havendo justo motivo para se criticar este tipo de postura que tenta proteger seus nacionais. 

Agora quanto a alegação de Trump ser machista e homofóbico, esta informação não parece ser verdadeira, pois senão não haveriam mulheres e homossexuais trabalhando em suas várias empresas, o que certamente tem. Além disso, mesmo que fosse machista e homofóbico, ele poderia fazer algo a respeito no Brasil? É lógico que não. Se nem nos EUA um presidente dificilmente conseguiria impor uma lei discriminatória, muito menos conseguiria fazer isso noutra nação. Devemos enxergar o resultado desta eleição como uma nova possibilidade de aproximação maior entre o Brasil e EUA, fortalecendo ainda mais o comércio, turismo e fornecimento de tecnologias.

Portanto, conclui-se que o presidente eleito, Donald Trump, num primeiro momento, em nada afeta ao Brasil devendo ser respeitada a decisão de seus eleitores, torcendo-se para que ele faça uma boa gestão tanto para os americanos quanto para os demais países parceiros na medida do possível, formando-se uma PARCERIA TEMER-TRUMP, ao invés de "TEMER" o presidente Trump.

Pierre Lourenço. Advogado.


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